domingo, 20 de junho de 2010

Cordas

Antes de selecionar uma corda para uso em altura, o mais importante a considerar é que não existe um único tipo de corda para todo tipo de atividade. Antes de decidir qual corda utilizar, você deverá determinar o tipo de situação em que a mesma deverá ser usada.

As cordas esportivas se diferem das cordas comuns e se dividem em duas categorias: cordas dinâmicas (alto alongamento ou flexibilidade) e cordas estáticas (baixo alongamento). São chamadas de Kernmantel (kern= núcleo e mantel= manta), e podem variar quanto a sua flexibilidade.

Em primeiro lugar, um conceito muito importante sobre as cordas que devem ser utilizadas para espeleologia, canyoning, trabalhos verticais e resgates é distinguí-las: estáticas e semi estáticas.

Na confecção da grande maioria das cordas estáticas e semi-estáticas é utilizado o nylon 6 (poliamida) e, pelo menos, mais dois materiais: o poliéster e polipropileno.


Cordas dinâmicas:

São cordas kernmantle de alto estiramento (elongação), usadas para fins esportivos em escalada em rocha ou gelo. Elas são fabricadas para ter elasticidade de 6 % a 10% com uma carga de 80Kg e de 40% com carga de ruptura. Esta característica lhe permite absorver o impacto em caso de queda do escalador sem transferir a força do impacto, evitando assim lesões. É importante usar uma corda de boa construção para conquista de novas vias de escalada ou em situações em que o fator de queda seja elevado.

Porém, uma corda que alonga pode ser uma desvantagem quando utilizada para resgate ou espeleologia, ou quando se precisa descer uma carga do alto de um prédio ou uma maca suspensa por corda em operação de resgate. Por outro lado, as cordas dinâmicas são menos resistentes à abrasão e desgaste, mas de qualquer maneira, se você planeja usar a corda somente para escalada em gelo ou rocha ou para montanhismo, deverá utilizar uma corda dinâmica.

Cordas estáticas:

É uma corda que possui uma alma de Nylon de baixo estiramento (elongação), sendo seus cordões internos os que aportam a maior resistência ao esforço. Para que a resistência da corda seja consistente, estes cordões devem ser contínuos, sem emendas ao longo de toda a corda. Ao mesmo tempo, para garantir uma elasticidade mínima, estes cordões devem ser paralelos entre si, ao contrário das cordas dinâmicas em que são torcidos. Ou seja, a alma (kern) é quem suporta a carga, sendo a capa (mantle) a responsável pela proteção contra sujeira, abrasão e desgaste. Ao eleger uma corda é importante saber se a mesma receberá cargas estáticas ou dinâmicas. As aplicações mais comuns das cordas estáticas KM III são: canioning, rapel, serviços em fachadas de prédios, operações de resgate, linhas de vida, espeleologia, operações de resgate em espaços confinados.